CERTA VEZ UM MONGE ME DISSE
- Andrëa Färia

- 13 de jul. de 2021
- 2 min de leitura

Uma vez um monge me disse que sempre que insistirmos voltar para os velhos hábitos, frequentar lugares que a energia vibra diferente da nossa e principalmente deixar de fazer o que a mantém elevada, chegaremos ao fundo do poço.
Eu entendi que a elevação da consciência, da energia, está sempre acontecendo. Nossas escolhas diárias, mantém ela em ascensão ou não.
Escolher no presente o passado, algo que existia antes ou mesmo deixar de escolher o CERTO (o nosso), o que está alinhado a nossa jornada, pode nos levar lentamente de volta para o começo.
Não percebemos mas essas pequenas escolhas diárias vão nos conduzindo de volta para onde não queremos retornar. Quando percebemos, já foi. Já estamos lá no fundo do poço, ou no começo de tudo.
E agora? Agora precisamos fazer todo caminho de volta. Alguns chamam de auto sabotagem, outros de vício no sofrimento, vício na dor. Eu chamo de irresponsabilidade diante da nossa vida e dos desejos da nossa alma.
Eu hoje, voltei. Anos se passaram e parece que não passaram. Tudo que eu aprendi parece que sumiu do meu pensamento. É como um branco na hora da prova na escola. Eu me questiono: Porque deixei de meditar e fazer yoga diariamente se eu sei que é o único caminho da emancipação mental?
Por quais motivos escolhemos o que não está alinhado com a gente? Por quais motivos optamos por não fazer o que melhora e eleva nossa vida? Por quais motivos escolhemos passar por dificuldades?
Como eu esperava estar expandindo sem se querer estar fazendo o básico? Não sei. Ou sei. Nosso ego é tão inteligente que para sobreviver criar personagens dentro dos personagens, nos envolvendo em fantasias e fazendo com que acreditemos que estamos indo em direção ao que desejamos, ainda que nossas ações estejam contrárias a isso.
Ele nos seduz através dos prazeres momentâneos e não percebemos mais nada, até que o véu de maia esteja cobrindo totalmente nossa visão de novo.
E agora? Agora é hora de tomar a pílula vermelha de novo.





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