Vou lembrar sempre dessa frase

Não é novidade para ninguém que me acompanha o por que de ter vindo morar em Florianópolis. Desde que me conheço amo estar perto do mar. Escolhi Floripa pelo clima e também por ficar mais perto da família. A outra opção seria algum lugar do Nordeste, já que amo o calor. Hoje penso que não teria lugar melhor que essa ilha por que além de me sentir em casa, todo lugar que vou tem uma paisagem como essa da foto ou ainda mais bonita.

Esse texto não é para falar sobre a ilha da magia, nem sobre o porque ter a escolhido como meu lar e sim para contar que, provavelmente você já saiba mas, contemplar lugares como esse é minha atividade preferida, é o que me faz sentir viva. Porém com certeza você não sabe meu segundo maior prazer, é algo que me revigora, me energiza e me preenche...

Faz alguns meses que acompanho uma paciente na sua jornada para liberar sentimentos negativos em relação a ela mesma, alguns familiares e ao seu pai. Diversas vezes já compartilhei com vocês sobre os malefícios de reprimir e guardar esses sentimentos dentro de nós.

Semana passada perguntei a ela se podia enxergar mais de perto o perdão ao pai. Eles tiveram uma relação complicada e ele já é falecido. Ela nunca ouviu um pedido de desculpas ou se quer percebeu qualquer demonstração de arrependimento vindo dele.

No último atendimento ela falou que podia enxergar que havia cometido alguns dos mesmos erros que seu pai cometeu com ela, com seus filhos.

Então a questionei se havia cometido os erros propositalmente, prontamente ela disse que não, que na época não percebia o que estava fazendo. Eu questionei se ela acreditava que o pai dela também podia não perceber os erros que cometia e só não teve tempo ou oportunidade de pedir desculpas, como ela estava tendo.

Ela me respondeu: talvez ele não percebesse mesmo o que estava fazendo porque ele não teve uma Andréa na vida dele.

Nesse momento eu quase chorei de emoção e mais um dia finalizei os atendimentos com a certeza que meu trabalho só faz sentido se eu consigo realmente ser o canal de ajuda para que ocorra a transformação e que os pacientes possam ser melhores a cada dia. Toda vez que estou diante de um paciente quero sim fazer a diferença.

Alguns terapeutas me questionam, as vezes afirmam que me sinto responsável pelos meus pacientes. Dizem que não posso querer que o paciente se cure. A minha única resposta é, eu me sinto 100% responsável pelos meus atendimentos e sempre que estou atendendo vou me sentir responsável pelo processo terapêutico. Tenho consciência que não sou eu que promovo uma cura, uma melhora ou transformação, porém acredito que a minha intenção e minhas ações diante disso fazem toda diferença.

Hoje nas minhas conversas com Deus só peço que chegue pra mim quem está realmente comprometido com a sua transformação, por que eu estou sempre comprometida em fazer o meu melhor para que ela ocorra.